Livros para o Vestibular da UEL 2022

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O vestibular da UEL está chegando. Então vamos aproveitar o momento para retomar o resumo dos livros que serão utilizados novamente neste ano. Os resumos são breves, porém podem ajudar em caso de dúvidas rápidas e na diferenciação dos livros.

Lembrando que todos os livros para a UEL estão disponíveis na biblioteca do Colégio Maxi, com diversos volumes de cada livro. Vamos aproveitar este tempo para focar nos estudos e fazer o nosso melhor no dia 6!

A Palavra Algo, por Luci Collin

O próprio título, bem lido, exprime a ambivalência de um afirmar negando, que parece orientar ou, pelo menos, sugerir a poesia que o leitor tem nas mãos agora. Trata-se da palavra, não de um suposto ente que se possa avistar através dela, existindo independentemente da nomeação. Essa palavra que se imprime, ‘flama na folha de rosto’, impressiona por si mesma.

Histórias que os jornais não contam, por Moacyr Scliar

Casal se divorcia após marido e mulher descobrirem que flertavam pela internet; Cartão de Natal postado em 1914 chega ao seu destino 93 anos depois. Você acha que essas manchetes são falsas ou verdadeiras? Elas são reais e M. Scliar, de posse desse material extraído da folha de São Paulo, manteve uma coluna por quase duas décadas no próprio jornal, em que exerceu o ofício de escritor: seus relatos começam onde a notícia acabava. Ao desafiar a fronteira entre realidade e ficção, encontrou histórias esperando para serem contadas.

O Vendedor de Passados, por José Eduardo Agualusa

Se passando após a conquista da independência e os martírios de uma longa guerra civil, a emergente burguesia angolana pensa ter o futuro assegurado. Falta a ela, porém, um passado mais adequado à sua nova condição social. No livro, Felix vende novos passados aos seus clientes, árvores genealógicas dignas de orgulho, memórias ricas, ancestrais ilustres. Ele segue muito bem nessa empreitada, até chegar um homem repleto de mistérios, em busca de um passado e de uma identidade angolana. De uma hora para a outra, os passados e os presentes se entrecruzam, e o impossível se confunde com o real.

Poemas Escolhidos, por Gregório de Matos

Gregório é, historicamente, o primeiro grande poeta do Brasil. Nesta já clássica coletânea preparada por José Miguel Wisnik, nos anos 1970, e agora revista pelo organizador, o leitor encontrará uma seleção dos melhores poemas de Gregório de Matos, nas diversas modalidades que cultivou, a satírica, a encomiástica, a lírica amorosa e a religiosa.

Casa de Pensão, por Aluísio Azevedo

Narrativa de Aluísio Azevedo, foi publicada em 1884 e é bem ao gosto naturalista, a exemplo de O cortiço, tanto que se fundamenta em um caso verídico.

Tem como foco a trajetória de Amâncio, jovem do Maranhão, mandado pelo pai rico para a corte, onde poderia fazer um bom curso de medicina, à altura da capacidade do filho.

Amâncio era um jovem talentoso, mas estava mais interessado em “curtir” o Rio de Janeiro do que se esforçar para exercer a profissão de médico, afinal não precisava do diploma, dada a riqueza do pai.

O Naturalismo, presente na obra Casa de Pensão, é uma vertente literária dentro do Realismo.

Amor em Perdição, por Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco é um dos maiores autores do Romantismo em Portugal. Em 1862, produziu seu romance mais famoso: Amor de Perdição, que narra a história de duas famílias rivais, um amor proibido e uma série de trágicos acontecimentos.

O autor partiu de sua história pessoal e familiar para escrever um dos maiores clássicos da literatura portuguesa. Esta é considerada uma das principais obras do movimento ultra romântico, marcado por idealizações do amor, paixões arrebatadoras e dores que afetam intensamente a alma, este romance, inspirado em Romeu e Julieta, atravessa décadas com a jovialidade de seus protagonistas: Simão, Teresa e Mariana.

Contos Novos, por Mário de Andrade

A maturidade artística de Mário de Andrade no campo da ficção literária culmina com os “Contos novos” (1947), obra póstuma publicada dois anos após a morte do autor. O livro é fruto de um processo artesanal que compreende várias versões de um mesmo texto e se estende por períodos de elaboração que vão de quatro a 18 anos. Contos novos atestam um avanço em direção a um realismo mais denso e crítico, cuja chave artística parece ser a contenção: estilo, enredo, paisagem, tudo agora é mais contido, mais acabado; o resultado é um profundo mergulho na realidade social e psíquica do homem brasileiro.

Clara dos Anjos, por Lima Barreto

A obra Clara dos Anjos expõe o papel feminino e os preconceitos que a mulher sofria naquela época, como a submissão, o abandono, a violência e o constrangimento público. A obra, publicada postumamente, é um duro registro de uma sociedade desigual, em que as transformações sociais se dão apenas em superfície, e os velhos costumes permanecem arraigados em nossa cultura.

Eles não usam black-tie, por Gianfrancesco Guarnieri

Primeira peça de Guarnieri, de 1958, Eles não usam black-tie situa-se numa favela, nos anos 50, e tem como tema a greve, e ao lado da greve a peça tem como pano de fundo um debate sobre as grandes verdades eternas, reflexões universais sobre a frágil condição humana, sobre os homens e seus conflitos. É a história de um choque entre pai e filho com posições ideológicas e morais completamente opostas e divergentes, o que, por sinal, dá a tônica dramática ao texto.

Quarto de Despejo, Diário de uma favelada, por Carolina Maria de Jesus

O livro, escrito por Carolina Maria de Jesus (1914 –1977) entre 1955 e 1960, é um retrato literário que cumpre perfeitamente essa função. Trata-se de uma escrita testemunhal sobre o cotidiano da autora e dos moradores da Favela do Canindé, em meio à explosão urbana que São Paulo passava na época, com os consequentes sofrimentos, indignações, revoltas e angústias que a população marginalizada era obrigada a superar diante de sua situação de miséria e desamparo.

Vestibulando UEL, fique atento e boa leitura!

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